Eu andava só por essa estrada
Com o grito preso na garganta
Com os olhos tensos na navalha
Se me caçavam como um bicho no fundo dessa sala
No fundo desse mundo!
Com os olhos rasos na navalha
Com um arrepio no cabelo
Com o aço preso na cintura
Como um pássaro noturno, voando pela escada
Roendo o som eu calo!
Ouço os clarins da noite negra
Acho e capturo o mal da noite
Paro e me disperso do futuro
Fico rodando nessa estrada, com o grito na garganta
Os olhos na navalha!
O aço brilha no escuro!
Ah!